A Verdade sobre o Fim

Mordidos pela serpente

E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; João 3:14

Aqueles que haviam sido mordidos pelas serpentes no deserto, poderiam demorar para olhar para a serpente levantada.

Poderiam ter posto em dúvida a eficácia daquele símbolo de metal. Poderiam pedir uma explicação científica. No entanto, nenhuma explicação era dada.

Deviam aceitar a palavra que Deus lhes enviava através de Moisés. Recusar-se a olhar, era morrer.

Não é por meio de debates e discussões que a mente é iluminada.

Devemos olhar e viver. Nicodemos recebeu a lição, e a levou com ele.

Examinou as Escrituras de maneira nova, não para discutir uma teoria, mas a fim de receber a vida eterna.

Começou a ver o reino de Deus ao se submeter à direção do Espírito Santo.

Existem milhares hoje em dia que se dizem pastores ou cristãos, que precisam da mesma verdade ensinada a Nicodemos através da serpente levantada.

Confiam em sua obediência à lei de Deus para se recomendarem a seu favor.

Quando são chamados a olhar para Jesus, e a crer que Ele os salva apenas pela Sua graça, exclamam: “Como pode ser isso?”

Como Nicodemos, devemos estar prontos a entrar na vida pela mesma maneira que o maior dos pecadores.

Além de Cristo “nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”. Atos dos Apóstolos 4:12.

Mediante a fé, recebemos a graça de Deus; mas a fé não é nosso Salvador.

A fé é a mão que se apodera dos méritos de Cristo, o remédio contra o pecado.

E nem sequer podemos nos arrepender sem o auxílio do Espírito de Deus.

Diz a Escritura sobre Cristo: “Deus com a Sua destra O elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e remissão dos pecados”. Atos dos Apost. 5:31.

O arrependimento vem de Cristo, tão seguramente como vem o perdão.

Como, então, iremos nos salvar?—“Como Moisés levantou a serpente no deserto”, assim foi levantado o Filho do homem, e todo aquele que tem sido enganado e mordido pela serpente, pode olhar e viver.

“Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. João 1:29.

A luz que irradia da cruz revela o amor de Deus. Seu amor atrai-nos a Ele.

Se não resistirmos a essa atração, seremos levados ao pé da cruz em arrependimento pelos pecados que crucificaram o Salvador.

Então o Espírito de Deus, mediante a fé, produz uma nova vida.

Os pensamentos são colocados em obediência à lei de Deus e à vontade de Cristo.

O coração, o espírito, são novamente criados à imagem dAquele que opera em nós para sujeitar a Si mesmo todas as coisas.

Então a lei de Deus é escrita na mente e no coração, e podemos dizer com Cristo: “Deleito-Me em fazer a Tua vontade, ó Deus Meu”. Salmos 40:8.

Na entrevista com Nicodemos, Jesus lhe abriu o plano da salvação e missão.

Em nenhum de Seus discursos posteriores explicou tão completamente, passo a passo, a obra necessária ao coração de todo aquele que quer herdar o reino.

No começo de Seu ministério, abriu a verdade a um membro do Sinédrio, ao espírito mais apto a receber, a um designado professor do povo.

Mas os guias de Israel, no entanto, não receberam de bom grado a luz.

Nicodemos ocultou a verdade no coração, e por três anos aparentemente, pouco foi o fruto, mas Jesus conhecia o solo em que lançou a semente.

As palavras dirigidas à noite a um ouvinte, na montanha, não foram perdidas.

Por algum tempo, Nicodemos não reconheceu publicamente a Cristo, mas observava a vida Dele, e pensava nos seus ensinos.

Várias vezes, no conselho do Sinédrio, frustrou os planos dos sacerdotes para  destruir a Cristo.

Quando finalmente Jesus foi erguido na cruz, Nicodemos relembrou o ensino no Olivete: “Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. João 3:14, 15.

Esta é uma verdade simples; todos fomos mordidos pela serpente, o diabo.

Em nossas veias corre um sangue contaminado pelo veneno da serpente, e certamente morreremos todos, a menos que em algum momento olhemos para a cruz e nos convertamos àquele que nela morreu.

Então, o homem recebe o antídoto para este veneno, e é salvo pela graça, um favor imerecido conquistado na cruz.

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